É bem verdade, e vocês já devem ter percebido isso, que Dior é uma das marcas mais queridas pelos que vos escrevem neste modesto blog.
Não é pra menos, em quesito histórico Christian Dior talvez seja meu segundo favorito, perde para Coco Chanel, meio óbvio, porém ele cria uma das silhuetas que eu mais gosto, o que são muitos e muitos pontos.
Quando aconteceu toda a história do Galliano ano passado nós aqui sofremos, sofremos por um ídolo e por saber o quanto isso afetaria a Dior. E bom, não erramos.
Depois de alguns desfiles sentindo a falta da batuta Gallianesca e de todo o drama que o envolvia, vimos nessa última coleção de alta costura, apresentada em Paris, uma saudade ainda maior.
Muitas vezes a silhueta imortalizada de Christian Dior apareceu, cinturas marcadissímas com saias esvoaçantes ou com saias lápis. Tudo aquilo que sabemos que nunca dará errado sendo refeito sem nenhuma novidade.
Eram looks lindos, confesso, fiquei apaixonada pelo trabalho dos plisses que acrescentavam mais fluidez aos modelos, mas ainda assim não eram novos. Talvez Galliano não fizesse diferente, até porque quem está coordenando a marca agora era seu braço direito, mas ele acrescentaria um pouco mais de charme e performance.
Talvez o que mais me surpreendeu em todo desfile foi a trilha sonora de Lana Del Rey, uma modernidade, possivelmente esperada para outros desfiles, não para Haute Couture, pelo menos por mim.
No mais a gente pede que o drama volte as passarelas, até porque os que envolvem a direção criativa da marca estão perdendo graça, virando novela mexicana e prejudicando muito a imagem da marca.
Fotos: Style.com